domingo, 13 de janeiro de 2013

Eu sou grato porque...


Um novo ano se inicia e com ele, a esperança de uma nova jornada de lutas e superações onde os nossos sonhos e projetos se concretizem. O tempo nessa busca incessante, ora de torna amigo, ora se torna um possível inimigo. No entanto, é preciso crer e entender que o tempo de esperas pode nos trazer mais do que sonhos concretos, Sim! Ele pode nos trazer um sentimento muito maior, um sentimento que não é praticado, estou falando da gratidão.

Certa vez, um Sacerdote, durante uma palestra, me fez perceber a enxurrada de reclamações que despejamos durante o nosso dia-dia. Se chove demais estamos infelizes! Se fizer calor demais é ruim! Frio demais é ruim! “Queria tal objeto, mas ele não era tão interessante quanto eu havia imaginado”. Lamentações, lamentações e mais lamentações! Eu me pergunto; “é possível viver dessa forma?” .

Traçar metas e trabalhar em prol da construção dos nossos sonhos é importantíssimo. Todavia, as insatisfações da trajetória nos impedem de parar para admirar a belíssima paisagem que passa lá fora diante de nossos olhos que se encontram fixados na série de fracassos, ou na obsessão de conquistar os sonhos a qualquer preço.

O observável é que as pessoas estão ocupadas demais tentando tocar suas vidas e se esqueceram de agradecer pelo maior presente de todos que é a própria VIDA, a simplicidade perdeu espaço e a alma humana se tornou cada vez mais exigente. O homem quer preencher o vazio existencial que existe em si com coisas extraordinárias e se esqueceu de que o extraordinário se encontra exatamente nas coisas “ordinárias” da vida.

Diante disso, amigo leitor, eu lhe convido a fazer um “balanço” através da seguinte pergunta “Eu sou grato porque...”, perceba os momentos bons vividos até agora! Não descarte os sofrimentos e obstáculos vividos sempre percebendo que eles foram fundamentais para a edificação e construção de sua vida! Tente se aprofundar e ver que Deus esteve contigo em todos os momentos, desde os mais prazerosos até os mais sofridos, e seja grato! Um coração grato consegue caminhar longos dias pelos desertos da vida com a esperança de um belíssimo oásis, onde é possível descansar e aproveitar do sentimentos mais puros. SEJA GRATO!

Abraço Fraterno
Gabriel Calvi

terça-feira, 18 de setembro de 2012

O AMOR É O CUMPRIMENTO PERFEITO DA LEI




Jesus não poderia modificar aquilo que já existia na antiguidade, não poderia passar por cima da lei dos homens. O primeiro passo para ser respeitado e visto de fato como “O Messias”, o enviado por Deus e ligado diretamente a Ele, seria respeitar as leis dos homens. Infelizmente ai se encontra o grande erro do povo da época. Pois, o Messias esperado era imaginado como um revolucionário, anarquista, que viria para acabar com as leis e conceder a liberdade a todos àqueles que se encontravam escravizados. Não! Cristo supera as expectativas, mesmo diante da incompreensão da sociedade da época. A lei do amor é a lei máxima, a “lei áurea” do Cristianismo, e tem como objetivo libertar os homens. No entanto, ao que muitos não conseguem perceber existem sementes dela na lei dos homens! Mas como isso é possível?! Como algo que é perfeito como a lei do amor, pode ter ligação com a imperfeita lei dos homens?

Quando se fala em lei do amor, ou mandamento do amor, estamos abrangendo todos os sentimentos existentes. Logo, o respeito, entre tantas outras forma se tornam “o cumprimento perfeito da lei” (Rm 13,9-10). Ou ainda, ao respeitar as leis e andar em conformidade com elas, eu permaneço dentro do respeito e do amor à sociedade, sendo assim, existem “germes” de amor em minhas atitudes. É por isso que Jesus respeitou a lei, porque ele entendia a lei do amor como lei universal, entretanto, sabia que se não respeitasse a lei dos homens, o seu mandamento universal seria incoerente.

Quer dizer então que Jesus era submisso às leis dos homens? Não! Jesus era um entendedor de tais leis, mas sabia que a verdadeira lei, o amor, só existiria se houvesse uma harmonia entre as elas. Mas e no caso de não cumprir a lei no momento em que ele cura um doente no dia de sábado, ou na ocasião em que seus discípulos trabalham colhendo espigas de milho para comer também em dia de sábado, ou ainda podemos citar nas vezes em que seus discípulos não lavam as mãos antes de comer, isso era não descumprir as leis?

Jesus entendia o que era prioridade quando o assunto era cumprir leis, e o ser humano sempre foi uma delas. No caso da cura no dia de sábado, ele vai ao encontro do enfermo e o tira de sua condição porque sabe que não há nada maior e acima da lei do que a ajuda ao necessitado ou àquele que precisa de socorro. Sendo assim, não é errado dizer que amparar o desprovido ou proporcionar um encontro dele com Deus, é estar em concordância com a lei do amor e também com a lei dos homens, que mesmo com uma conotação farisaica previa o bem estar da sociedade. Da mesma forma com os outros casos. A lei dos homens deixa de ser prioridade quando alguém necessita da salvação ou de se reencontrar-se. 

Abraço Fraterno
Gabriel Calvi

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A PROCURA DA FELICIDADE



Dias atrás navegando pela internet me deparo com a seguinte frase: “Que a felicidade vire rotina!”. Fiquei pensando o que o autor de tal frase estava tentando expressar, mas não consegui chegar a outra conclusão do que a certeza de que a felicidade  NUNCA pode ser uma monotonia. As pessoas procuram, almejam, anseiam em ser felizes e em permanecerem assim, no entanto, a felicidade é mais do que um simples sentimento, ela é um bem supremo, é um princípio regente vital! Logo, existe nela inestimável tesouro de caráter sagrado que todos nós buscamos durante nossa peregrinação terrestre e que diversas vezes a vida faz parecer tão distante e inacessível.

Sim! A felicidade é um tesouro, novamente repito; Não pode ser monotonia, pois como bem sabemos tudo o que é monótono e de fácil acesso acaba perdendo sua importância com o tempo. E é exatamente esse esforço que realizamos na procura da felicidade que a torna tão agradável e saborosa quando a conquistamos! Quando este sentimento chega após um período de sofrimentos, tempestades e até mesmo de dor,  temos a oportunidade de olhar pra trás e perceber que aquilo que ofuscava a conquista da felicidade fez todo sentido e proporcionou o verdadeiro valor que agora sentimos depois que a conquistamos!

Necessitamos estar em alerta, pois os meios para se alcançar a felicidade são diversos, no entanto, a felicidade verdadeira possui sempre caminhos estreitos repletos de obstáculos e dificuldades. Contudo, em meio a esses caminhos existem atalhos, diga-se de passagem, perigosos e mascarados com um sentimento contrário ao da felicidade, diria mais, os atalhos da vida apresentam uma felicidade falsa, efêmera que não proporciona o mesmo efeito que a felicidade original.

Ainda poderíamos dizer que a felicidade não é parasita, ou melhor, não é dependente de ninguém, se existe alguém responsável pela construção da minha felicidade, este alguém sou eu mesmo! Somos nós que gestamos este sentimento! Quem procura no outro um motivo para ser feliz, está fazendo errado! Eu só tenho a possibilidade de ser feliz a partir do momento que me valorizo e acredito nas minhas potencialidades! Eu posso sim ser feliz com os outros, posso partilhar a felicidade, todavia, o sentimento nasce por primeiro em meu interior! Pessoas que dependem estritamente dos outros para serem felizes são semelhantes a parasitas, nunca sentirão o verdadeiro sentimento, o máximo que conseguirão são pequenas “amostras” do que é ser feliz.

Então como posso ser feliz? Construindo meus objetivos, traçando metas e considerando todos os obstáculos possíveis para a construção de uma felicidade autêntica! Vale salientar que este sentimento só é verdadeiro quando nasce da espontaneidade e da gratuidade! Somos todos construtores deste princípio e nossa meta é jamais esmorecer na procura pela FELICIDADE! 

Abraço Fraterno 
Gabriel Calvi

Vídeo / Voltei - Amor e Adoração

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

MOLDA-ME



“O objeto que ele estava a modelar deformou-se, mas ele aproveitou o barro e fez outro objeto, conforme lhe pareceu melhor.” (Jr 18,4)


Algum tempo se passou desde a última postagem, e neste meio tempo muita coisa aconteceu. Hoje, cinquenta dias depois essa foi a palavra escolhida por Deus para nós – e em especial para todos aqueles sem esperança, ou que não encontram motivos para continuar caminhando. Encontramos no Oleiro a resposta para muitas perguntas, arrisco em dizer que encontramos n’Ele todas as respostas.
O trabalho do Oleiro é extremamente simples. Contudo, minucioso e valioso para os olhos mais atentos e aguçados! Isso porque o oleiro tem como meta formar um vaso perfeito e de ótima categoria. Para isso a qualidade do barro influencia, e muito, na fabricação dessa peça tão comum, mas que pode ter tantos destinos. Então o artesão vai, seleciona o barro, retira as impurezas e com todos os processos executados, começa dar forma naquilo que em seu coração foi idealizado.

“Como barro nas mãos do oleiro, assim estais vós nas minhas mãos” (Jr 18,6b)

Nós somos esse barro! E chegamos até as mãos de Deus repletos de impurezas e inaptos para a fabricação de qualquer objeto. Entretanto, o Senhor não desiste de nós. Ele é um BOM Oleiro e vê em nós, no barro imperfeito e impuro, a possibilidade de sair uma grande obra de arte! Para isso é preciso cuidado, habilidade e paciência! O vaso perfeito não fica pronto rapidamente! O processo pode ser doloroso e árduo, no entanto, se houver submissão e despojamento do barro, o resultado será o melhor possível, e segundo o coração do oleiro. O destino final do vaso é armazenar aquilo que o oleiro deseja, ou seja, o oleiro além de nos produzir vê em nós uma finalidade, traça uma meta para nós!
Você deseja que sua vida mude? Que realmente progredir? Submeta-se às mãos de Deus! Despoje-se à vontade d’Ele e espere! O processo de purificação e de fabricação é longo e, na maioria das vezes, cheios de obstáculos e provações. Mas quando há confiança o resultado é sempre inesperado!
Abraço Fraterno
Gabriel Calvi